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quarta-feira, 28 de julho de 2010

  
Chorar, não resolve. Falar pouco é uma virtude. Aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo. Para qualquer escolha se segue alguma consequência. Vontades efêmeras não valem a pena. Quem faz uma, não faz duas, necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze. Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível. Quem te merece não te faz chorar. Quem gosta cuida. O que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente. Não é preciso perder para aprender a dar valor. E os amigos ainda se contam nos dedos. Aos poucos você percebe o que vale a pena, o que se deve guardar pro resto da vida e o que nunca deveria ter entrado nela. Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado.O tempo sempre vai ser o melhor remédio, mas seus resultados nem sempre são imediatos. 

Charles Chaplin

terça-feira, 27 de julho de 2010

"Entre aspas"

Por Michelle Ferreira



"Sempre conservei uma aspa à esquerda e outra à direita de mim."

-Clarisce Lispector-


"Penso, logo existo..."  Roubando para mim o fio da inspiração de Descartes, interpreto as mesmas palavras de um jeito quase inteiro. Sem querer alguma pretensão, adaptando aos meus ouvidos, eu diria: "Sinto, logo sou". Sou eu quem desenho a minha história, e do meu jeito, inconstante, leio minhas escolhas, (re)formulo pensamentos, (re)construo atitudes, e assim, (re)faço de mim o que sou. Primeiramente sou. Sou o que sinto ser. Sou o que, (des)cuidadosamente procuro ser. Mas, sempre sou. Sou eu quem faço por e de mim o que conhecem depois. E isso é quase tudo. Quase porque a melhor parte do que sou devo ao que sinto. E de mim o que é melhor e mais terno está nas entrelinhas. Essa parte de mim que não transpassa, o que, definitiva e sinceramente sou, não por escolha mas por "essência", permanece "sempre" assim... "entre aspas".

 

segunda-feira, 26 de julho de 2010


...Porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloquentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicídio nem comentemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Cotidianamente, continuamos. E substituímos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência...


Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Uma casinha no mundo

Por Michelle Ferreira

Era pra ser imaginação de menina,
Mas logo se tornou sonho de mulher...

O sonho de um mundo só seu, todo seu. De onde fosse possível ver as estrelas, quando ninguém interrompesse o silêncio. Donde fosse necessário dormir ao lado do amor, ouvir a respiração da madrugada sem ordens, sem ser olhado. E ali, naquele cantinho seu, organizar cada cômodo a seu jeito, perfumar cada ambiente a seu cheiro, escolher cada detalhe a seu toque. Ali, logo ali no mais íntimo de sua opção, temperar cada gosto a seu paladar, selecionar cada música a seu estilo, arrumar cada momento a seu gosto... Que lugar tão longe é esse que não a encontra... Tal que ela tanto caça como às borboletas... Tanto que ela demais caminha para chegar... e não chega.

- É só uma pequena casinha no mundo... Era pra ser imaginação de menina, mas não. É um sonho de mulher...
 

quinta-feira, 15 de julho de 2010



"...Às vezes, sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo.
Sem tocá-lo, em êxtase puríssimo!
Não era mais uma menina com o livro...
Era uma mulher com seu amante."



 
Clarisce Lispector

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Saudade...

Por Michelle Ferreira



"Saudade é coisa que a gente só sente
quando o que passou foi bom!"

-Duda Araújo-


Essa palavra apressada, insistente, inacabada... Tão presente, tão ilogicamente presente...
Tantas vezes me tira o sono, me traz calafrios, me acorda as lágrimas, mas estranhamente me renova os sorrisos. Sem ela, percebo, sou muito cinza; e muda. Com ela, de um surrealismo ainda não escrito em nada, me resumo ao quase tudo! Choro, durmo, sonho, e sonho, e sonho, e sonho... No meu próprio cantinho estaciono pensamentos, sentimentos. Penso, o que seria do homem sem a saudade? Uma partícula no escuro, seria. Seria bem difícil chegar em  casa sem lembranças... não suspirar recordações... não ter palavras para contar a si mesmo... Vivo pensando que as vírgulas importam muito mais que os pontos finais. Prefiro assim. Desse jeito, nunca absoluto, acordar, lavar o rosto e, enfim, abrir a janela, olhar para o mundo e lembrar que posso sentir tudo outra vez. Sem pontos. Sempre na companhia das vírgulas... Porque elas me permitem sentir saudade de tudo o que eu não quis terminar... Assim, posso trazer pra bem perto o que um dia ficou lá... distante. 

 

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Desocupação ou... Desocupação? (rs)

Por Michelle Ferreira

Uma fumaça produzida pela queima de uma pedra que chega ao cérebro em dez segundos, que traz uma aluscinação de efeito que dura até dez minutos (normalmente) pelo gasto pago no valor de dez reais...


Começo dizendo que isso deve ser muito chato! Nossa! E muito irritante também... Definitivamente não entendo o que faz uma pessoa a buscar por sensações tão incompletas! E o que é ainda pior, tornar-se dependente dessa busca tão insignificante!
O consumo do crack no Brasil cresce incontrolavelmente e, pasmem, crianças de até onze anos estão se tornando usuárias da droga (Dados extraídos a partir de uma observação pessoal no meu bairro).

Isso me provoca um mal humor terrível!
Há tantas músicas para ouvir, tantos lugares para ir, tantas formas de abusar da vida e ainda existe quem se preste a usar crack, cocaína, o que seja (desocupação total)! Tantas oportunidades o mundo oferece a ter de se ocupar de uma ação tão torpe!
Não, não! Minha inteligência não permite... (rs)

Estou me sujeitando a ouvir aquele velho ditado: faça de sua vida o que quiser... Mas ainda assim eu me defendo: Não enxergo o crack nessa oração! Pois creio que se prestar ao uso de drogas como essa não seja um problema de vida, mas um distúrbio de setor oPinativo (Sujestão: Político, Policial... rs).
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E, por falar em opinião, por onde anda o Presidente da nossa República? Ele bem que poderia dar sua opinião sobre como controlar a invasão devastadora do crack no Brasil. Mas, compreendo que ele deve estar muito ocupado com suas viagens beneficentes (afinal, ele não pode perder a tão almejada "cadeira" na ONU... rs). Então, vamos procurar o poder Policial... (...) Hã? Não tem? Só de vez em quando? Pois é. Tudo bem. (Também compreendo que diminuindo o tráfico dessas drogas diminuirá, consequentemente, o capital de giro para manutenção de suas horas extras... rs).

Por isso sou assim: besta! Ao invés de estar aqui tentando encontrar o por quê de um problema irremediável como esse, eu devia estar me ocupando de algo útil!
Ok! Nesse caso, me dêem licença. Vou fechar minha janela por hoje. Vou ali ler um livro e já volto.